sexta-feira, 6 de julho de 2012

Dieta equilibrada e prática de exercícios físicos podem controlar o estresse e melhorar a qualidade de vida de pessoas com Síndrome da Fadiga Crônica


Com a finalidade de encontrar um rótulo para queixas de cansaço crônico sem causa aparente, apresentada na maior parte das vezes por mulheres de meia idade, há 20 anos o Center for Diseases Control and Prevention (CDC) estabeleceu os seguintes critérios: queixas de fadiga intensa, sem causa aparente, com mais de 6 meses de duração, acompanhadas de sintomas como dores musculares e deficiências de memória.


A tendência dos médicos nesses casos é atribuir a queixa às atribulações da vida moderna: noites mal-dormidas, alimentação inadequada, falta de atividade física, problemas psicológicos ou mera falta de vontade de trabalhar.


Alguns desses pacientes, se sentem incomodados, e chegam a fazer via sacra pelos consultórios atrás de um médico que leve a sério seus problemas, lhes ofereça uma esperança de melhora ou, pelo menos, uma explicação para o mal que os aflige.


Portadores da síndrome da fadiga crônica sofrem de duas doenças: a que provoca cansaço e a resultante do descrédito alheio.


Na maioria das vezes, a doença se instala insidiosamente depois de um episódio de  resfriado, gripe, sinusite ou outro processo infeccioso. Por razões desconhecidas, entretanto, a infecção vai embora, mas deixa em seu rasto sintomas de indisposição, fadiga e fraqueza muscular que melhoram, todavia retornam periodicamente, em ciclos, durante meses ou anos.

Imagem: Internet


Como diferenciar esse estado de fadiga crônica, daqueles 
associados às solicitações da vida urbana?



Não há exames de laboratório específicos para identificar a fadiga crônica. De acordo com o International Chronic Fatique Syndrome Study Group, o critério para estabelecer o diagnóstico é o seguinte: considera-se portadora da síndrome toda pessoa com fadiga persistente, inexplicável por outras causas, que apresentar no mínimo quatro dos sintomas citados abaixo, por um período de pelo menos seis meses:


- Dor de garganta;
- Gânglios inflamados e dolorosos;
- Dores musculares;
- Dor em múltiplas articulações, sem sinais inflamatórios (vermelhidão e inchaço);
- Cefaleia com características diferentes das anteriores;
- Comprometimento substancial da memória recente ou da?concentração;
- Sono que não repousa;
- Fraqueza intensa que persiste por mais de 24 horas depois da atividade física.


Alguns estudos sugerem que predisposição genética, doenças infecciosas prévias, faixa etária, estresse e fatores ambientais tenham influência na história natural da enfermidade. Condições como hipoglicemia, anemia, pressão arterial baixa ou viroses misteriosas também são lembradas, mas a verdade é que as causas da síndrome da fadiga crônica são desconhecidas.


A evolução da doença é imprevisível. Às vezes, desaparece em pouco mais de seis meses, mas pode durar anos ou persistir pelo resto da vida.


A ignorância em relação às causas da síndrome explica a  inexistência de tratamentos específicos para seus portadores. Mudanças de estilo de vida podem ser úteis. Os especialistas recomendam uma dieta equilibrada, uso moderado de álcool, exercícios regulares de acordo com a disposição física e a manutenção do equilíbrio emocional para controlar o estresse e proporcionar bem-estar ao indivíduo. 


Fonte: Revista Pilates

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