sexta-feira, 20 de julho de 2012

Alongar é preciso para correr bem; saiba quando praticá-lo


Foto: Asics/ Divulgação

Difícil encontrar entre corredores alguém que goste dele. Muitos disfarçam, saem de fininho após o treino e simplesmente pulam essa etapa. Mas o alongamento é muito importante para quem quer evitar dores.


Não existe comprovação científica de que ele evite lesões ou melhore a performance do atleta. Mas sem dúvida melhora a vida do corredor fora das pistas. "Recomendo aos meus alunos o alongamento estático, apenas pós-treino, para relaxar e recuperar a musculatura. Se o treino foi muito pesado, no entanto, ele não é indicado, porque senão pode machucar. Ou então deve ser extremamente suave", diz a treinadora Rosa Naimara, da Maxxyma/Um Sonho de Equipe, de Curitiba.


"Já no pré-treino acho o alongamento desnecessário. Ou, quando feito, também deve ser bem leve, funcionando apenas como aquecimento. Com a minha turma prefiro aquecer com exercícios dinâmicos, como elevação de joelho, flexão de quadril e pequenos saltos", explica Rosa.


Alongamento no dia a dia
O alongamento mais importante, no entanto, é aquele que o corredor insere em seu dia-a-dia, de preferência nos dias alternados à corrida. "Estas sessões devem ser regulares e podem ser mais intensas, o que melhora a flexibilidade de forma geral", afirma Rosa.


Em longo prazo, essa flexibilidade ajuda a preservar a postura, o equilíbrio do corpo e até a execução de tarefas cotidianas, como amarrar um sapato, vestir ou tirar uma blusa. "À medida que envelhecemos, o músculo vai perdendo elasticidade e ficando rígido. O alongamento e o exercício físico ajudam a atenuar essa perda", explica Paulo Zogaib, especialista em fisiologia do exercício da Unifesp.


Rosa Naiara, no entanto, alerta para alguns cuidados que devem ser tomados no momento do alongamento: "O músculo não deve estar nem frio, nem superaquecido, para evitar exageros e estiramentos. Também é fundamental prestar atenção à postura, porque um exercício mal executado pode não ter eficiência nenhuma ou, pior, desencadear ou agravar uma lesão".


Bruno Sato, fisioterapeuta do Esporte Clube Pinheiros, de São Paulo, completa: "Essa atividade deve ser feita para relaxar, respeitando os limites do corredor. É preciso sentir uma leve tensão, mas não é necessário forçar e judiar do seu corpo para sentir muita dor. Isso não traz benefício algum".


Sessões de ioga e Pilates também ajudam a alcançar essa flexibilidade, trabalham diversos grupos musculares usados na corrida, ajudam a melhorar a consciência.


Fonte: Terra

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